17/05/2018

Ser feliz é a chave

Ser feliz es la clave - Sociedad, Investigación

Como idoso, a tua saúde social é tão importante como a tua saúde física. Especialistas dizem que as pessoas mais velhas devem tentar manter contato com amigos e familiares todos os dias. Muitas pessoas não o percebem, mas a falta de interação social pode levar a uma série de riscos para a saúde. Uma vida social de qualidade pode ter o mesmo efeito na sua saúde geral do que um bom treino.

Enquanto os chamados "baby boomers" estão a aproximar-se dos seus anos dourados, o número de idosos que vivem sozinhos aumenta. De acordo com vários relatórios, os adultos mais velhos sem filhos estão a aumentar, tendo menos membros da família para cuidar deles. Como resultado, o isolamento social tornou-se mais frequente nas nossas comunidades. Consciência é o primeiro passo para superar a solidão.

Portanto, não é surpreendente que às vezes se ouça: recomendação médica, saia com os seus amigos e aproveite. Se tens uma rede de pessoas em quem confias, com quem podes compartilhar os problemas e sair para bons momentos, sentirás a diferença no teu próprio corpo. E não é pequeno: medindo os fatores que ajudam na longevidade, a investigação da Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos, descobriu que ter relações sociais é ainda mais importante do que exercitar-se ou alimentar-se bem. Mas como?

1. Aumenta a saúde do corpo

Se ficaste surpreso com a informação de que amigos são mais importantes do que dietas e exercício, basta seguir o raciocínio de Julianne Holt-Lunstad, professora de psicologia e chefe do estudo sobre amizades da universidade americana: "Amizades são estimulantes ", explica. "Uma pessoa que pertence a um círculo social termina espontâneamente, tornando-se mais ativa e com uma dieta mais diversificada."

O resultado de ter amizades pode ser observado em vários sistemas do corpo, principalmente o cardiorrespiratório. A melhora na qualidade de vida tem efeitos diretos na respiração, pressão arterial e batimento cardíaco.

Ter amigos melhora indicadores como colesterol e glicose no sangue. Com isso, o sistema imunológico também evolui. E, para quem já tem um problemas crónicos, as amizades ajudam a lidar com isso. "Doenças podem parecer mais graves quando estás sozinho e só pensas nisso. As relações sociais deviram para outras questões, ainda que sejam os problemas dos outros", disse a especialista.

2. Aumenta a saúde mental

A imagem da pessoa idosa que vive sozinha e sem muitos amigos está totalmente desatualizada. Este segmento populacional goza agora de uma intensa atividade social, que é um ótimo remédio para lidar com a ansiedade e o stress.

A amizade é tão estimulante que ver um amigo feliz aumenta a própria felicidade. A convivência reduz a quantidade da hormona do stress (cortisol) e estimula a produção de todas as hormonas associadas com alegria, capazes de aumentar a resistência à dor (endorfinas), combater estados depressivos (serotonina) e melhorar as ligações emocionais e o prazer de pertencer a um grupo (ocitocina).

E quantos amigos são necessários para obter estes resultados? Estudos sugerem que é importante ter pelo menos quatro bons amigos, mas claramente não há limite máximo, quantos mais, melhor!

Dr. Waldinger, diretor do Harvard Study of Adult Development, seguiu mais de 700 pessoas desde que estas eram adolescentes em 1938. Mais de 60 dos participantes originais, agora nos seus 90 anos, ainda estao envolvidos.

Ao longo dos anos, os investigadores coletaram informações de saúde (incluindo tomografias cerebrais e amostras de sangue) e responderam a perguntas sobre o seu trabalho e casa, bem como sobre o seu bem-estar mental e emocional. Finalmente começaram a entrevistar os cônjuges dessas pessoas.

A conclusão alcançada é que também é importante nutrir ou melhorar as relações existentes com a família, amigos e cônjuges. "As pessoas que trabalham e permanecem em relacionamentos são mais felizes", explica o Dr. Waldinger.

Finalmente, não penses em ter relacionamentos próximos como uma tarefa de rotina, pensa nisso como parte do seu cuidado pessoal. "Permanecer conectado e envolvido é realmente uma maneira de cuidar de si mesmo, como exercitar-se ou comer bem", diz o Dr. Waldinger. "Esta é uma receita importante para a longevidade".