Introdução: Estima-se que mundialmente existam 50 milhões de pessoas com demência (PcD),  número que pode atingir os 152 milhões em 2050. O desenho do espaço físico pode ser  compensador dos défices e promotor da independência/autonomia, ou, pelo contrário pode ser  promotor das perdas resultantes da demência.  

Objetivo: Reunir recomendações para apoiar a adequação de espaços institucionais (ex.,  Estruturas Residenciais para Idosos) a pessoas com demência.  

Materiais e métodos: Os dados resultam do projeto habINdem – Habitats Inclusivos para a  Demência (2019-2020) promovido pela SCM Riba D’Ave. Foram realizados 4 focus group com  PcD, familiares/cuidadores informais, profissionais de saúde e assistentes operacionais e 2  entrevistas semiestruturadas com 1 especialista das áreas da psicologia e arquitetura para  recolher as opiniões, conhecimentos e experiência acerca do desenho de espaços institucionais  adequados a PcD. A informação foi analisada através da análise de conteúdo (Bardin,1977). Resultados: A análise referente ao espaço institucional resultou em dois subtópicos, interior e  exterior. O subtópico interior compreende 7 categorias: desenho geral, privacidade e  individualidade, familiaridade, orientação e navegação, segurança e vigilância, condições  ambientais interiores e espaços sociais. No subtópico exterior foram identificadas 3 categorias:  desenho geral, espaços sociais e, segurança e vigilância. Em cada categoria foram identificadas  várias unidades de significado das quais destacamos a personalização dos espaços, a aposta em  espaços familiares próximos dos ambientes domésticos, a interligação dos espaços interior e  exterior. 

Conclusões: Estes resultados contribuem para o aumento do conhecimento numa área ainda  pouco estudada em Portugal, e podem ser informações úteis para profissionais, familiares e PcD.