Amar-ela
A avó Isabel.
Dela herdei o sorriso fácil, a "genica" que a mantém desperta para o mundo e o vagar com que saboreia cada instante.
Um dia, um pequeno pato rejeitado pela mãe encontrou refúgio na nossa casa. Rapidamente conquistou a minha avó, dando origem a uma amizade inesperada.
Desde então, tenho assistido a uma cumplicidade em que os dois se encontram como iguais: ela, com o tempo marcado na pele; ele, com a sua penugem dourada. Ambos com a mesma inocência de (simplesmente) quererem brincar.
Esta fotografia nasce de momentos espontâneos desse convívio, na vila de Sever do Vouga, terra que me viu crescer, marcada por gentes de coração aberto e por uma ligação íntima com a natureza.
Um lembrete de como o afeto não conhece limites nem idade. A de como a vida se revela inteira nos momentos de maior ternura.

