· 01 Maio 2019

A tecnologia é fundamental para a saúde dos idosos

Por cenie
La tecnología es clave para la salud de las personas mayores - Sociedad, Investigación

Na sociedade de hoje, especialmente no mundo desenvolvido, vivemos cada vez mais tempo. 13% da população mundial tem mais de 60 anos; em 2050, a população idosa excederá 25% do total. A título de comparação, tenhamos presente este facto: durante muitos séculos na história da humanidade, os idosos representavam apenas 4% da população mundial. Em meados deste século, seremos um em cada quatro habitantes do planeta. 

Os media, a publicidade, as marcas, as redes sociais, são obcecadas pelos milennials - como a grande geração disruptiva; no entanto, a velhice vai ter um grande impacto em muitos aspectos da nossa sociedade. Desde Ipsos, chamamos a este setor da população de "perennials".

Parece haver um consenso sobre a idade dos milennials, mas quando é que começamos a ser mais velhos? Quando é que começamos a ser perennials? Não há consenso universal, depende do país. De acordo com um estudo realizado pela Ipsos, a idade média global em que se considera que começa a velhice é de 66 anos. No entanto, se perguntarmos aos jovens (16-24 anos), qualquer pessoa com mais de 55 anos é considerada velha. No entanto, para aqueles que têm essa idade, a velhice não começa antes dos 68 anos, mas também há diferenças entre os países. Em Espanha e na América Latina, a velhice começa aos 74 anos; como contraponto, encontramos a Arábia Saudita, onde se começa a ser considerado velho aos 55 anos.

Todos os países enfrentarão grandes desafios para garantir que os seus sistemas sociais e de saúde estejam preparados para lidar com a grande revolução demográfica representada pelos perennials. Diferentes estudos indicam que a tecnologia será a base para alcançar uma ótima qualidade de vida. Oito em cada dez pessoas com mais de 55 anos de idade pensam que a tecnologia terá um impacto significativo na sua qualidade de vida à medida que avançam para a idade de 70 e 80 anos. A tecnologia irá ajudá-los a sentir-se mais jovens e mais satisfeitos. E há uma clara correlação entre sentir-se mais jovem e mais satisfeito e sentir-se mais saudável.

As evoluções sanitárias conexas já emergentes na nossa sociedade querem responder às necessidades das preocupações suscitadas pelo advento da velhice, que são: perder agilidade, não cuidar de nós mesmos, demência, perda de memória e a temida solidão: 25% da população mundial identifica a velhice com desamparo. Vamos dar uma olhadeda nas diferentes aplicações e sistemas ao longo destas linhas:

  • Casas inteligentes. Ser capaz de gerir a tua casa com segurança utilizando tecnologia, com wearables e sensores in situ, que podem accionar um alarme em caso de queda, se não sair da cama, se as luzes não se acenderem ou se apagarem a uma determinada hora do dia.
  • Visita médica remota: sem a necessidade de entrar num hospital pode fazer-se um seguimento do seu estado de saúde e evolução.
  • Sistema de gestão de doenças crónicas quando se tem alta do hospital: remotamente, oferece-se um portal para geriar os diferentes agentes sociais e de saúde, sem ter que passar por um hospital ou centro de cuidados primários.
  • Robótica. Um assistente pessoal que monitora a sua saúde, oferece opções de entretenimento, serve como suporte para chamadas com vídeo e até mesmo ajuda os usuários que têm dificuldade para se levantar. É algo que não devemos subestimar, pois proporciona companheirismo.
  • Realidade Virtual. Está a ser aplicado no tratamento de algumas doenças, como o controle da dor.
  • Aplicações móveis que ajudam a aumentar a actividade física e motora, bem como exercícios para manter os alertas cognitivos.

A indústria da saúde e, em particular, a saúde conectada devem olhar com otimismo para esta etapa e garantir um envelhecimento saudável e livre, onde as pessoas possam maximizar para se defenderem por si mesmas. A idade de ouro dos perennials será também a idade de ouro para a indústria do envelhecimento saudável, ativa e tecnologicamente conectada.

Fonte: El País Retina

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