O que é que se pode encontrar no Dicionário de Alzheimer?

O Dicionário de Alzheimer é a ponte que liga todas as pessoas afectadas e relacionadas com a doença de Alzheimer e as demências aos termos, conceitos e expressões que fazem parte deste campo. Compreendê-los é compreender melhor aquilo com que estamos a lidar. Um espaço vivo e em constante crescimento, que evoluirá com novos termos e expressões com a vossa ajuda, respondendo às vossas necessidades e exigências. Esta é uma ferramenta que não pretende de forma alguma substituir as conversas com médicos especializados. Para os familiares e os prestadores de cuidados informais, pode ser um elo de ligação a um mundo que não conhecem tecnicamente. Ilumina-os, acompanhando-os num caminho difícil em que o conhecimento ajuda a tomar melhores decisões e a melhorar a qualidade de vida dos doentes e dos familiares.
Este projeto foi realizado por uma equipa de filólogos e lexicógrafos de várias universidades e centros de investigação que trabalharam anteriormente em diferentes projetos de investigação centrados no domínio da lexicografia especializada, em particular da lexicografia médica. Estes projetos, tal como o presente, foram dirigidos pela Professora Bertha M. Gutiérrez Rodilla, da Universidade de Salamanca (Espanha), que se dedica há mais de vinte anos ao estudo diacrónico e sincrónico da linguagem científica e da linguagem médica e é reconhecida pelas suas publicações neste domínio.

delirio

Inglês
delusion
Etimologia

Del latín delirĭum, de delirare 'salirse del camino', 'desvariar'.

Explicação

Hay personas que creen, de forma totalmente infundada, que alguien les roba o los engaña o los persigue o les miente... y por más que se intente convencerlos con todo tipo de argumentos de lo contrario, no hay manera de lograrlo. A eso se le llama delirio. Más del 30% de quienes padecen enfermedad de Alzheimer tienen delirios a lo largo de su evolución, entre los que los mas frecuentes son los de infidelidad, abandono, persecución, creer que les quieren envenenar, que les roban cosas o que la casa en la que viven no es su casa.  

Exemplos

«La presencia de otros, de otras personas, le excita y le inquieta, le lanza a un parloteo social frenético, infinito, un verdadero delirio de búsqueda y elaboración de identidad; la presencia de plantas, el jardín silencioso, el orden no humano, al no ejercer ninguna presión social o humana sobre él, permite que este delirio de identidad se relaje, se afloje; y con su plenitud y autosuficiencia no humanas, tranquilas, le permite una extraña calma y autonomía propia, le ofrece (por debajo, o más allá, de todas las identidades y relaciones meramente humanas) una comunión muda y profunda con la propia naturaleza, y con ello la sensación renovada de estar en el mundo, de ser real» (Sacks, 1970/1987: 154).

«El delirio es una de las muchas maneras de las que el sujeto se vale en sus relaciones con el entorno para su adaptación» (Castilla del Pino, 2011: 208).

En psiquiatría, creencia falsa, firmemente sostenida por el enfermo, sin posibilidad alguna de convencerlo de su error.